domingo, 14 de outubro de 2012

Quote from Carl Sagan - "Pale Blue Dot"

Credit Flapper Doodle
"From this distant vantage point, the Earth might not seem of any particular interest. But for us, it's different. Consider again that dot. That's here. That's home. That's us. On it everyone you love, everyone you know, everyone you ever heard of, every human being who ever was, lived out their lives. The aggregate of our joy and suffering, thousands of confident religions, ideologies, and economic doctrines, every hunter and forager, every hero and coward, every creator and destroyer of civilization, every king and peasant, every young couple in love, every mother and father, hopeful child, inventor and 
explorer, every teacher of morals, every corrupt politician, every "superstar," every "supreme leader," every saint and sinner in the history of our species lived there – on a mote of dust suspended in a sunbeam.

The Earth is a very small stage in a vast cosmic arena. Think of the rivers of blood spilled by all those generals and emperors so that in glory and triumph they could become the momentary masters of a fraction of a dot. Think of the endless cruelties visited by the inhabitants of one corner of this pixel on the scarcely distinguishable inhabitants of some other corner. How frequent their misunderstandings, how eager they are to kill one another, how fervent their hatreds. Our posturings, our imagined self-importance, the delusion that we have some privileged position in the universe, are challenged by this point of pale light. Our planet is a lonely speck in the great enveloping cosmic dark. In our obscurity – in all this vastness – there is no hint that help will come from elsewhere to save us from ourselves. The Earth is the only world known, so far, to harbor life. There is nowhere else, at least in the near future, to which our species could migrate. Visit, yes. Settle, not yet. Like it or not, for the moment, the Earth is where we make our stand. It has been said that astronomy is a humbling and character-building experience. There is perhaps no better demonstration of the folly of human conceits than this distant image of our tiny world. To me, it underscores our responsibility to deal more kindly with one another and to preserve and cherish the pale blue dot, the only home we've ever known."
Carl Sagan in Pale Blue Dot: A Vision of the Human Future in Space (1994)


A Terra ocupa 0.12 pixeis. 
Credit:NASA JP
Podem encontrar esta citação do Carl Sagan no livro - Pale Blue Dot: A Vision of the Human Future in Space (1994) - uma reflexão pessoal sobre uma imagem tirada em 1990 da Terra a 6.4 mil milhões de kilómetros pela sonda Voyager 1. Foi esta mesma imagem que o inspirou a escrever o livro. Recomendo a edição de 1995 que vem com imagens fornecidas pela NASA, nas edições posteriores estas foram removidas.

terça-feira, 20 de março de 2012

Crítica: L'argent de Robert Bresson (França, 1983)

Como tinha prometido, deixo-vos uma crítica que encontrei e achei muito interessante relativamente, não só ao filme, mas também aos simbolismos utilizados por Robert Bresson nas artes cinematográficas. Aconselho a quem estiver interessado a dar uma vista de olhos. Sugiro que vejam primeiro o filme e tirem as vossas próprias conclusões e só depois leiam a crítica que aqui vos disponibilizo. O filme ganha toda uma nova dimensão e pequenas analogias que vamos nos apercebendo e compreendendo. Mesmo que vos obrigue a rever o filme é um excelente exercício de reflexão e enrequecimento pessoal.

Crítica por Fábio Andrade

terça-feira, 13 de março de 2012

CineClub: L'argent

A Faculdade de Letras da Universidade do Porto está a organizar este semestre um ciclo de cinema, CineCafé 2012, para os amantes de cinema e para aqueles que estiverem interessados aconselho a experimentarem pelo menos uma das sessões. O ambiente é descontraído e não existe aquele ruído de fundo tão irritante como nas salas mais comerciais. As pipocas e pessoas a conversar como se estivessem numa mesa de café deveriam ser banidas das salas de cinema. É difícil desfrutar e reflectir sobre um filme com tanta interferência por todos os lados. Mas adiante, amanhã será a 2ª sessão deste ciclo, que se repete quinzenalmente. O filme é L'argent (1983) por Robert Bresson e parcialmente inspirado na primeira parte de uma short-story do Tolstoy, Faux Billet. Foi o último filme de Bresson que lhe valeu o Director's Prize no Cannes Film Festival no ano de 1993. Deixo-vos com uma pequena sinopse retirada do IMDB e com o restante programa e informações adicionais. Deixar-vos-ei mais tarde uma crítica que encontrei e que penso que se encontra muito bem conseguida e explica não só filme, como explora o cinema de Bresson.


Uma nota de 500 francos falsificada é cinicamente transmitida de pessoa para pessoa, de loja para loja, até que eventualmente cai nas mãos de um jovem rapaz genuinamente inocente que não repara que não é uma nota genuína. Isto trá-lo-á consequências devastadoras na sua vida, levando-o a entrar numa vida de crima e assassínio.
  



CINECAFÉ 2012

Organização
DEPARTAMENTO CULTURAL AEFLUP


QUARTAS-FEIRAS | 21H30 | ANFITEATRO NOBRE
Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Programa provisório (sujeito a modificações)

– 29 FEV: Luis Buñuel - El ángel exterminador;
– 14 MAR: Robert Bresson - L'argent;
– 28 MAR: Francis Ford Coppola - Apocalypse Now;
– 18 ABRIL: Andrei Tarkovsky – Stalker;
– 9 MAI: João César Monteiro - As Bodas de Deus;
– 23 MAI: Julio Bressane - Filme de Amor.

Página do Departamento Cultural

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

1º Retrato

A primeira publicação deste blogue é um excerto do poema The Garden of Proserpine de Swinburne que é citado no livro Martin Eden por Jack London que li durante o Verão. Esta citação surgiu-me há uns dias atrás quando estive a discutir com uns colegas se, eventualmente fosse possível, embarcaria na ideia de viver eternamente. Posso confessar-vos que a ideia aterroriza-me, saber que a idade da Terra ou mesmo do próprio Universo, neste momento, é insignificante quando comparado aos anos que ainda haviam de vir, se de anos poderíamos falar para uma escala tão imensa que nem conseguimos conceber por muito que a formalizemos. Como podemos falar de tempo, quando a eternidade rouba qualquer sentido à passagem do mesmo? Um dos meus colegas é simpatizante com essa noção e de boa vontade embarcaria nessa viagem. Para ele a vida não faz sentido, se eventualmente vamos ser devolvidos à terra e deixarmos de existir. Eu acredito que é este ciclo que concede importância e valor a tudo o que aqui atingimos e experimentamos, que nos impede de cair na letargia e que devemos agradecer por cada novo dia que nos permite apreciar o que nos rodeia. Amar o mundo e aprender com tudo aquilo que nos oferece. Para quando o véu negro repousar sobre o nosso corpo, deixarmos-nos abraçar sem medo.



"(...) Morte é o fim da vida, e toda a gente teme isso, só a Morte é temida pela Vida, e as duas reflectem-se em cada uma (...)"

Oscar Wilde


The Garden of Proserpine

(...)
From too much love of living,
From hope and fear set free,
We thank with brief thanksgiving
Whatever gods may be That no life lives for ever;

That dead men rise up never;
That even the weariest river
Winds somewhere safe to sea.
(...)

Fonte